Fala-se que há cerca de 10 longas-metragens sendo produzidos no Brasil no momento. Vou falar mais de futuro (filmes que estão por vir em breve) aos cinemas e canais de TV. Também vou citar alguns que já saíram e não estão nos 2 posts anteriores.
Os personagens já participaram de outro longa: As Aventuras de Gui e Estopa que não cheguei a citar nos outros 2 artigos, mas também é um longa nacional que circulou pelos nossos cinemas recentemente - e narra as aventuras de um produtor e um artista de animação enfrentando as agruras pra produzir seu filme. Bem apropriado, por sinal.

Também saindo do forno pros cinemas Lutas, de Luiz Bolognesi, que chegará às telas em 2011, após cerca de 10 anos sendo produzido. Mesmo trazendo as vozes de Selton Mello e Camila Pitanga, não é um enlatado comercial, vai mais pro lado do experimentalismo.

Enfim, voltando...
Ritos Animatic x Render from Candida Liberato on Vimeo.
Na Bahia está sendo produzido Ritos de Passagem, do mesmo diretor de Boi Arruá, que usa o traço típico da arte popular nordestina, aquele dos livros de cordel e artesanato. O filme mostra a flora e fauna da região, o folclore, costumes, hábitos, sotaques, etc, numa história que visa refletir as questões mais fundamentais do ser humano na passagem da vida para a morte: "o que fizemos da nossa vida e quais foram as conseqüências dos nossos atos?"



Pra nova aventura dos BRichos, que além de nacionalista é educativo, a equipe está trabalhando esmerado pra lançar um produto de alta qualidade em termos de acabamento, necessário nesses tempos de imagem - além do bom roteiro.
Pra encerrar esta lista, cito a produção do infantil "História antes da História", do Núcleo de Animação de Campinas, que mostra o cotidiano do doutor K, que leva o espectador através dos bastidores da produção de um filme de animação. Poético.
Percebe-se que a indústria do cinema de animação nacional nunca esteve em um momento tão favorável e com tendências de crescer, mas uma indústria de animação nacional bem estruturada ainda está em formação, hoje a maioria dos profissionais é autodidata, ainda faltam roteiristas com formação acadêmica. Tal situação por um lado traz uma riqueza de estilos, ao mesmo tempo ainda é um campo profissional um pouco incerto para quem deseja ter um trabalho estável e rentável (aliás, muito merecido, pois animação dá bastante trabalho e exige certas habilidade especiais). Tal fenômeno ocorre um diversas áreas da cultura nacional.
Mas o cenário aponta uma tendência à profissionalização dos produtores e da indústria do cinema de animação, sem a qual é inviável atingir grandes platéias. Ainda se esbarra no ciclo vicioso do mundo dos negócios: os investidores não querem desembolsar uma boa nota sem garantia de retorno (que só é possível para famosos como Maurício, e olha lá), ao mesmo tempo que o ramo não pode garantir um boa perspectiva de retorno sem essa grana que pode garantir um "produto" bem acabado. O saldo ao meu ver já é positivo para o público. E um maior interesse desse público pode vir a alavancar o setor, pois onde aumenta a área de interesse, aumenta o mercado.
Especulações a parte, ficam aí então as dicas de longametragens de animação brasileiros.
Para ler o primeira parte deste artigo, clique aqui.
Para ler a segunda, aqui.
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