14 de mar. de 2010

Diga-me com quem andas e...

Na semana que passou, o presidente Lula, ou Santo Lula, como querem muitos, deu mais uma demonstração de seu pensamento tacanho. Ao ser indagado sobre o episódio da morte de um preso político cubano, que estava em greve de fome, nosso simplório presidente fez uma das suas mais absurdas afirmações ao dizer "imagine se todo bandido preso em São Paulo resolve fazer greve de fome". Em primeiro lugar, qualquer pessoa, e aí se incluem presos comuns TEM direito, sim, de fazer greve de fome. Essa é uma medida extrema, mas, em alguns casos necessária para jogar luz em situações de extrema indignidade, maus tratos, enfim, desrespeito aos direitos humanos. O mais grave, nesse caso, é São Lula comparar presos políticos, que estão nessa condição apenas por pensarem diferente dos donos do poder - no caso, Fidel e cia., de presos comuns que lá estão por terem cometido crimes no sentido universal da palavra. Lula deixa claro, mais uma vez, sua total fidelidade aos amigos, sejam eles quem forem. Vide personagens do mensalão, Hugo Chávez, Ahmadinejad, Fidel, Manuel Zelaya, etc... Não importa para Lula e seus asseclas da chancelaria brasileira se nesses países há tortura, assassinatos políticos, privação de liberdade de expressão, manipulação de eleições, nada disso. O que importa é manter o alinhamento com regimes que, coincidentemente, tem como chavão: "abaixo o imperialismo americano". A adoção de tal postura chega a ser ridícula num momento em que tão reiteradamente o Brasil postula um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Certamente, não será agindo com uma postura simplista de alinhamento com ditaduras de esquerda (ou religiosas, no caso do Irã) que o Brasil ganhará a respeitabilidade necessária para obter um assento nesse conselho. O Brasil está muito acima desses países sob qualquer ângulo que se olhe, mas a política externa de Lula prefere privilegiar relações permeadas por ideologias ultrapassadas à desenvolver parcerias políticas com países modernos e plenamente democráticos - vide Chile, por exemplo. De qualquer forma, através dessas descomposturas verbais, Lula acaba por se revelar e mais cedo ou mais tarde, a história o colocará no seu devido lugar...

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