13 de set. de 2007

"Caso Renan" ou "A serenidade das massas"

No fundo, no fundo todo mundo já esperava por esse desfecho. Bastava olhar para a cara do "ilustríssimo". Seguro, sereno, certo do que viria. Certo de que, fechadas as negociações, o resultado lhe seria favorável. BUMM! Agora vem o vendaval de críticas indignadas, palavras de ordem e adjetivos negativos. Só que indignação não basta. Ignorar não basta. Temos que parar e refletir porque chegamos a esse ponto. Nessa hora é comum se colocar todos eles numa mesma panela e bradar: "são todos corruptos, ladrões!!" Ou então o velho chavão: "na próxima eleição vou votar em branco". Essas atitudes só favorecem a um tipo de político: o da estirpe de Renan Calheiros, Roseana Sarney e seus comparsas. Sem um pensamento organizado, que desemboque em alguma atitude prática contra a ordem das coisas, nada mudará. Há pessoas de bem. Também há políticos de bem, porque eles não vieram de outro planeta. São terráqueos, como nós. Basta acompanhar um pouco o noticiário político. Sei que é incrível ver pessoas que são pagas pelos impostos de todos nós, se concederem o direito de decidir sobre algo que deveria ser público, em uma sessão secreta. Para deliberadamente esconder, camuflar, dificultar o acesso dos seus eleitores às suas posições. No entanto, o que talvez seja mais incrível no final disso tudo é a complacência, a serenidade com que o povo brasileiro encara ser pisado na sua dignidade - sempre sem maiores sobressaltos.

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