6 de jul. de 2010

...enquanto isso, no Golfo do México...


È impressionante a capacidade da humanidade de se desvincular de assuntos e coisas, as quais não lhe provoquem temor, prejuízo ou ameaça diretos. Quando aconteceu o desastre com a plataforma de petróleo no Golfo do México, semanas atrás, viu-se "n" manchetes, reportagens, debates acerca daquele desastre. Comparações com o caso Exxon Valdez, ocorrido no Alaska (até então o maior desastre ecológico em território americano)eram comuns, e todos se perguntavam quais seriam as consequências desse novo desastre. Pois bem: passados mais de dois meses do fato, algumas tentativas mal-sucedidas de fechar o poço e uma enxurrada de fotos chocantes, ninguém mais fala a respeito. No Brasil, você não vê uma linha nos telejornais e nem mesmo nos jornais. Sites, nem pensar! Aliás, quando sai algo, é sobre questões financeiras, do tipo: "British Petroleum quer dividir a conta com parceiros de exploração..." Enquanto isso, a fauna aquática, as aves, as pessoas que dependem das atividades costeiras que se virem. Claro que a BP está sendo cobrada pelos estragos, mas fica a questão: será que indenizações financeiras serão suficientes para reparar os danos ambientais sobre os ecossistemas locais? E os ecossistemas humanos da região? Mais uma vez vemos um paradoxo gigantesco na frente dos nossos olhos e não nos damos conta: Tecnologia para ir à Lua, sim. Para construir aceleradores de átomos, sim. Para tapar um buraco no fundo mar, não!
Aliás, se o poço continuar jorrando petróleo na golfo indefinidamente, "fazer o que, né?" DAqui a pouco vai ter neguinho dizendo que foi Deus que quis nos punir, e coisas do gênero...
Pobre planeta!

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