8 de set. de 2008

AS TRIBOS DE L'OMO

O que você verá aqui é um achado antropológico maravilhoso. Beleza em sua forma mais pura. Leia o texto que repasso a seguir e olhe, olhe com cuidado as imagens... Nos confins da Etiópia, distante muitos séculos da modernidade, Hans Sylvester fotografou durante seis anos tribos onde homens, mulheres, crianças e velhos são gênios de uma arte ancestral. A seus pés, o rio de L' Omo, a cavalo sobre um triângulo Ethiopie-Soudan-Kenya, o grande vale do Riff que se separa lentamente da África, uma região vulcânica fornece uma imensa palheta de pigmentos: ocre vermelho, kaolin branco, verde cobreado, amarelo luminoso ou cinza bem acentuado. Eles têm o gênio da pintura e seus corpos de 2 metros de altura são uma tela imensa. A força de sua arte está em três palavras: os dedos, a vitalidade e a liberdade. Eles desenham nas mãos abertas, debaixo das unhas, às vezes com uma extremidade de madeira, um caniço, um caule esmagado. Gestos vivos, rápidos, espontâneos, para além da infância, esse movimento essencial que buscam os grandes mestres contemporâneos quando têm muito aprendizado e tentam, de alguma forma, esquecê-los. Aqui há somente o desejo de se decorar, de seduzir, de estar belo, um jogo e um prazer permanente. É suficiente para eles mergulhar os dedos na graxa e, em dois minutos, sobre as costas, os seios, o púbis, as pernas, não nasce ninguém menos que um Miró, um Picasso, um Pollock, um Tàpies, um Klee...” (Matéria e imagens repassadas por Cláudio Troian)
Tribus de l' Omo
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Um comentário:

Anônimo disse...

Ué! Tinha comentado já, mas parece que sumiu...
Bom, achei bem legal, principalmente quando eles se pintam de forma parecida com o fundo da paisagem ( a pedar, a árvore)...
Picasso foi um pintor que buscava essa soltura dos padrões rígidos de expressão, e foi considerado uma "evolução" na história da arte. Mas esses aqui não passaram por toda essa academização e estão lá, onde Picasso chegou depois de muit trabalho e estudo, mostrando que tudo é um ciclo e um eterno recomeço.