22 de abr. de 2008

Longa estrada pro descobrimento


Dois patinhos na lagoa, dia do descobrimento do Brasil. Já de manhã (pois acordo com o rádio ligado) me vi "forçado" a refletir sobre algumas frases soltas que ouvi aqui e ali nos dias recentes:
"O Brasil ainda não se livrou de sua dependência do estrangeiro" (Paulo Cancian)
"Saímos da ditadura militar pra ditadura do mercado"(Júlio Medaglia)
"MP3 não é música, é mídia" (Leandro Daros)
"Acho que a babaquice na mídia chegou a um ponto de saturação máximo" (Washington Olivetto)
E assim por diante.
Me parece que vivemos, no campo da formação de nossa identidade e no campo de batalha no mercado uma batalha desigual. Um dia como ontem, que teria mais significado pra nós, cabe aos pobres professores ensinarem os significados de civilidade e nacionalismo como a formiga que tenta apagar o incêndio fazendo sua parte, sua desigual parte, levando suas gotinhas d´água. Gotinhas pra apagar nossa ignorância e falta de pé no chão. Gotinhas de cultura que podem até ser muito bem aproveitadas por nós, que podemos nos lembrar forçadamente em dias de feriado nacional, mas que não vão fazer muita diferença por exemplo na hora de uma entrevista de emprego, pois não conseguirão fazer frente a um adversário que possui o atrante perfil(pro mercado) de voracidade disfarçada de entusiasmo e ainda por cima sabe usar termos como prospect, followtrough, benchmark e etc. Numa hora dessas, podemos ser o sr. Nacionalismo, mas essas teorias administrativas capitalistas ainda vão levar a melhor. Prova de que o significado de nossa independência ficou perdida em alguma aula chata de história.
Realmente, vendo-se a formação (não escolar, mas a afetiva, enlatada) que tem recebido as recentes gerações e a dificuldade de se pôr em prática as devidas medidas de forma eficiente, vamos ter de andar muito ainda pra realmente descobrirmos nosso país e conquistarmos nossa independência e soberania.

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